segunda-feira, 29 de março de 2010

A depilação artística e a vida, em si, bemol

Existem muitas maneiras de impressionar um homem, mas em meados de 2003, talvéz, uma situação tenha passado dos limites. Minha ex-cunhada depiladora, minha ex-namorada, na maca, em posição de frango assado, um baldinho de ferro ligado na tomada - que sei lá o nome -, alguns papeizinhos, e eu, sentado na cadeira com a ansiedade de quem estava prestes a presenciar um parto.

Aquele "vira de lado", "de bruços", "ai, ai, ui, ai... heeey... ai, ui" foi tomando o meu tempo e engolindo aquela tarde futebolística de domingo. Até que então, o vagaroso giro (pra mim) da hélice do ventilador de teto do quarto foi interrompido por um "Igor. Vamos fazer um coelhinho da playboy". O anjinho na minha orelha direita pulava feliz "Eba, vamos colocar a cenoura na boca desse coelho", enquanto o diabinho, no outro ouvido, gargalhava com a mão na barriga "Hey, você brochou man ha ha ha". Sinceramente, eu não sabia o que fazer, muito menos o que pensar.

Creio que qualquer mulher (até mesmo as que se depilam com barbeador) saiba todos os trâmites, modalidades, gírias do mundo da depilação. Porra! Eu sou homem, logo, na mesma intensidade, domino todas as ladainhas do mundo do futebol.

Presenciar a chefe marcando uma depilação por telefone também não é lá uma coisa tão cotidiana. Para um simples redator estagiário, é quase como sentar ao lado de um finlandês conversando com um búlgaro em alemão. "_A normal é 25 e a cavada é 30 - _A cavada com ânus é 35". Minha amiga que reside em Caxias do Sul, a empresária Janaina Morais, já afirma que "isso só se tu for naqueles grandes centros estéticos onde as pessoas fingem que nao tem a obrigaçao de te entender. Se tu vai naquele salaozinho ali da esquina, só o visual contact com a depiladora, ela ja sabe o q fazer".

Mas vamos lá. A semana começou, a minha cabeça dói e a amigdalite me atacou de novo. Sobre a depilação, só tenho a agradecer à Deus por eu ter nascido homem, por não ter que me preocupar com menstruação, combinação de roupas, o absorvente marcando a calça, uma nova idéia de mudança radical para o cabelo e muito menos a dolorosa depilação. Que é bonito, isso temos que concordar. Mas não me incomodo nenhum pouco com as excitantes bolinhas vermelhinhas causadas pela depilação co-irmã.

Quem sabe você curta mais o bigodinho de Hitler, a "zeradinha", anda atualmente na vibe Claudia Ohana ou Vera Ficher, ou pense como a Jana Morais "já que vamos sofrer, vamos transformar a dor em arte". Honestamente, não sei o que pensar.


quarta-feira, 17 de março de 2010

#putamundoinjusto

#pmi1
Estava eu, ontem, entrando no espaço dos caixas eletrônicos do banco
Itaú, depois de passar o cartão no leitor que abre a porta, quando
educadamente abri a porta e deixei um rapaz, que estava vindo atrás de
mim, passar. Sim, ele entrou no recinto e tomou o meu lugar na fila.
#pmi2
Cheguei na Unimed para consultar, educadamente deixei a moça que me
seguia entrar. Senti-me um servo da rainha, cortejando com pompa a
nobre princesa no portão do palácio. Claro! Ela tomou o meu lugar e
tirou a senha da sala de espera antes de mim.
#pmi3
Apesar de estar cansado de nadar contra a correnteza da falta de
educação do ser humano, eu não vou mudar.
#pmi4
Agora não sei se volto a jogar tênis ou monto uma equipe de newcon.
#pmi5

segunda-feira, 1 de março de 2010

@janaguria quer escrever cartas

Eu fui do tempo do telefone com fichas, da novela das oito às oito, do “O resgate de Jéssica”, do beber um copo de leite com Nescau comendo bolachas Maria, assistindo o “Vale a pena ver de novo”. Eu cresci, o mundo cresceu, meu pinto cresceu (!?) e esse texto já passou de 140 caracteres.

Pra quem nunca viu o clipe da música "O Nosso Amor é Rock", aí vai: