Aproximadamente 100 milhões de pessoas de todo o mundo votaram em 2007, em pesquisa online e por telefone (http://www.new7wonders.com), para escolher as novas sete maravilhas do mundo, em uma das maiores pesquisas mundiais já realizadas. Mas uma questão nos faz refletir se essas novas maravilhas eleitas pelo site, podem ser consideradas as novas maravilhas do mundo moderno: 7 maravilhas do mundo ou as 7 melhores campanhas?
Podemos levar em conta alguns fatores:
Tudo relacionado ao cristianismo vende e atrai público.
A "batalha" de monumentos naturais Vs "Mão do homem".
Aspectos culturais, étnicos e, ou simbólicos.
Eleger uma maravilha que não traga retorno financeiro.
Não podemos desprezar o fato de que o orgulho nacional é um forte elemento para a popularidade do concurso.
Políticos aproveitaram a oportunidade para promover seus monumentos nacionais com a esperança de melhorar a imagem de seus países e incentivar o turismo. Abaixo os vencedores:
Apesar de não trazer consigo vestígios da cultura genuinamente brasileira, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva chegou a abraçar a estátua do Cristo Redentor (idealizada e construída por um artista francês), depois de usar seu programa semanal no rádio para passar instruções de como votar no monumento.
O governo do Peru incentivou a população a votar pelas ruínas da cidade inca de Machu Picchu e forneceu terminais de computador gratuitos. No México, latas de Coca-Cola trazem propagandas pedindo o voto pelas ruínas maias de Chichen Itza.
Estudantes em algumas escolas e universidades da China fazem campanha pela Grande Muralha. E na Jordânia, a família real faz lobby pela cidade de Petra, no deserto.
Além dos acima citados estão o Taj Mahal, na Índia, o Coliseu de Roma, a Torre Eiffel de Paris.
Bingo!
Venceram as melhores campanhas, os lugares mais "pops", lugares onde o turismo vende.
Enterram-se cada vez mais os livros de história, as misteriosas estátuas da Ilha de Páscoa (distânte, não atrai turismo), a Aurora boreal, na região polar do planeta, o Monte Everest, na divisa entre Nepal e China, o Eurotúnel, a Ponte Golden Gate, Kremlin e Praça Vermelha (Moscou, Rússia), Stonehenge (Amesbury, Reino Unido), a Acrópole de Atenas (450 – 330 a.C., Atenas, Grécia), e milhares de outras Maravilhas, que vão lentamente, sendo soterradas pela indústria do entretenimento.